Uíge: MPLA aplaude trabalho de reabilitação do troço rodoviário Negage-Bungo

Uíge, 20/05 - O primeiro secretário do Comité Provincial do MPLA no Uíge, Pedro Diavova, enalteceu domingo o empenho do Governo angolano no restauro do troço rodoviário Negage a Bungo, com 88 quilómetros de distância, que há l6 anos a sua transitabilidade estava condicionada, devido aos danos causados por calamidades naturais e falta de manutenção em consequência do conflito armado que assolou o país.

Pedro Diavova, que falava num encontro que manteve com os militantes, simpatizantes e amigos do MPLA no município do Bungo, onde durante três dias orientou encontros de massas para a aproximação dos dirigentes do partido a população, destacou os feitos da paz em seis anos.

O político disse que a recuperação da estrada, iniciada em Abril e em fase de terraplanagem para depois ser asfaltada, vai facilitar a circulação de pessoas e mercadorias, aproximando os munícipes da capital da província a outras localidades.

O membro do Bureau Político do partido no poder em Angola falou ainda da reabilitação e construção de outras infra-estruturas sociais no município do Bungo, como escola, postos de saúde, assim como a recuperação de energia eléctrica e outros a serem feitos gradualmente, graças à reabilitação do referido troço rodoviário.

Uíge: Gauff investe 100 milhões de euros nos sectores agrário e industrial

Uíge, 16/05 - A empresa alemã de fiscalização de obras de engenharia civil ´´Gauff`` vai investir pelo menos 100 milhões de euros nos próximos meses, na província do Uíge, para o desenvolvimentos dos sectores da agricultura e da indústria, informou o presidente da companhia, Helmut Gauff.

O responsável, que falava quinta-feira à Angop no termo de uma audiência com governador provincial, Bento Cangulo, disse estar interessado em trabalhar com o governo da província na concepção de projectos nos sectores da agricultura, energia, água, hotelaria e turismo.

De acordo com gestor da Gauff, o valor vai servir, numa primeira fase, para a implementação de projectos de infra-estruturas básicas dos sectores de energia, águas, indústria, agricultura e hotelaria.

Disse ter acordado com o governo da província, no âmbito da cooperação técnica, que especialistas do governo e da Gauff trabalhem na realização de um diagnostico para determinar as reais potencialidades económicas da região, para possíveis investimentos.

A empresa Gauff está a trabalhar em Angola há dois anos na fiscalização das obras de reabilitação da estrada Quifangondo/Caxito/Negage e Uige/Mauela do Zombo.

Transferir a capital de Angola para a província do Huambo. O que pensas?

A capital de Angola devia ser transferida para outra província, por exemplo o Huambo ou o Bié, defendeu hoje em declarações à Lusa a escritora angolana Maria Alexandra Dáskalos.

"Sou defensora disso. O que aconteceu nestes mais de 30 anos foi que realmente houve uma altura muito megalómana, muito macrocéfala de Luanda em relação ao resto do país. E seria altamente positivo deslocar a capital, porque Luanda se tornou numa cidade de rotina insuportável. É um desastre urbanístico", disse.

Nascida no Huambo, Maria Alexandra é sobrinha do nacionalista angolano Sócrates Dáskalos, fundador em 1961 da Frente de Unidade Angolana (FUA), e lançou quinta-feira em Lisboa um livro em que publica a tese de mestrado em História Contemporânea, com o título "A Política de Norton de Matos para Angola - 1912/1915", da responsabilidade das Edições MinervaCoimbra.

Maria Alexandra Dáskalos justificou a escolha do tema pelo que considera ter sido o "papel fundamental de Norton de Matos no lançar das bases da Angola moderna" durante o primeiro período de governação, entre 1912 e 1915.

"A reforma administrativa e o redesenhar do mapa de Angola, com as 'campanhas de pacificação', a rede de estradas e a penetração das três linhas férreas, a fundação da cidade do Huambo no planalto central e o objectivo de fazer desta área uma região estratégica no projecto da revolução agrícola, são factores que alteram e definem a Angola moderna", defendeu.

A mudança da capital de Angola permitiria ainda "rentabilizar uma zona como o planalto central e também dar ao povo Umbundu - e isto não é defender etnias -, uma dignidade que merecem", destacou.

"O povo Umbundu está em todo o lado, mas aquela zona merecia a importância que perdeu, porque o Huambo foi das cidades mais modernas em termos de investigação e economia no tempo colonial. Tínhamos ali a fina-flor dos agrónomos e dos veterinários de toda a África", acrescentou.

"Acho que se devia retomar a ideia do Huambo, como Norton de Matos a concebeu e está aqui neste livro como ele a concebeu, e dar importância não só à região, mas também ao povo do planalto central", frisou.

"Um vulto da grandeza de Norton de Matos na I República foi esquecido pelo Estado Novo, por razões que nos parecem óbvias. Porém, o facto de ele ter sido um colonialista provido de uma visão imperial correspondente à sua época levou também a que a revolução marcada pelo pós-25 de Abril e pela independência das colónias de África tenha relegado para um longo silêncio a sua obra em Angola", lê-se no livro de Maria Alexandra Dáskalos.

A investigadora pretende demonstrar com este livro que "a Angola da modernidade nasceu com o projecto imperial de Norton de Matos neste primeiro período de governação e que muitas das suas ideias inovadoras apenas forma concretizadas mais tarde, quando o Estado Novo, isolado internacionalmente, as recupera".

José Maria Mendes Ribeiro Norton de Matos, nascido em Ponte de Lima, em 23 de Março de 1867, iniciou na Índia a carreira na administração colonial, tendo depois viajado por Macau e pela China em missão diplomática.

O regresso a Portugal coincidiu com a proclamação da República e em 1912 assumiu o Governo-geral de Angola, cargo que exerceu até 1915, quando foi demitido em consequência da nova situação política que se vivia em Portugal durante a Primeira Guerra Mundial.

Entre 1921 e 1924 voltou a exercer o cargo de Governador-geral de Angola, tendo posteriormente sido nomeado embaixador de Portugal em Londres, de que foi afastado aquando da instauração da Ditadura Militar, que antecedeu o Estado Novo.

Eleito em 1929 grão-mestre da maçonaria portuguesa, participou nas eleições presidenciais de 1949, desafiando o regime de António Salazar, mas devido à falta de liberdade no acto eleitoral, e prevendo fraudes eleitorais, acabou por desistir depois de participar em comícios e outras manifestações de massas.

NL

Mauritada

Piada do Uigecentrico

A arte de negociar !

PAI - escolhi uma ótima moça para você casar.
FILHO - Mas, pai, eu prefiro escolher a minha mulher.
PAI - Meu filho, ela é filha do Bill Gates...
FILHO - Bem, neste caso, eu aceito.
Então, o pai negociador vai encontrar o Bill Gates.
PAI - Bill, eu tenho o marido para a sua filha!
BILL GATES - Mas a minha filha é muito jovem para casar!
PAI - Mas este jovem é vice-presidente do Banco Mundial...
BILL GATES - Neste caso, tudo bem.
Finalmente, o pai negociador vai ao Presidente do Banco Mundial.
PAI - Sr. Presidente, eu tenho um jovem recomendado para ser vice-presidente do Banco Mundial.
PRES. BANCO MUNDIAL - Mas eu já tenho muitos vice-presidentes, mais do que o necessário.
PAI - Mas, Sr., este jovem é genro do Bill Gates.
PRES. BANCO MUNDIAL - Neste caso ele pode começar amanhã mesmo!

Moral da estória: Não existe negociação perdida. Tudo depende da estratégia.


'Se um dia disserem que seu trabalho não é o de um profissional, lembre-se: a Arca de Noé foi construída por amadores; profissionais construíram o Titanic...'

Angola é a segunda economia que mais cresce. Mas o FMI avisa que o período de bonança pode estar a chegar ao fim, caso se mantenha a dependência do pe

Angola já é a segunda economia mais dinâmica do mundo, tendo crescido, em média 15% nos últimos três anos. Este ano, deverá avançar 16%, de acordo com as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI). Mas este período especialmente fértil pode estar ameaçado pela própria forma como se constitui a economia angolana: se não conseguir reduzir a sua dependência das receitas do petróleo, Angola poderá ver o seu crescimento anulado nos próximos cinco anos.

No relatório de Primavera sobre a economia mundial, o FMI prevê mais três anos de crescimento a dois dígitos. Mas, a partir de 2011, o prognóstico altera-se radicalmente. Nesse ano, indica a instituição internacional, a economia angolana deverá contrair -0,1%, para adoptar um ritmo bem mais lento até 2013.

"O abrandamento da economia angolana deve-se ao facto de se estar a aproximar do limite da capacidade de produção de petróleo", explicou ao Diário Económico Cristina Casalinho, economista-chefe do Banco BPI. A grande dependência angolana do negócio do petróleo – que representa, segundo o Banco Mundial, quase 80% da riqueza produzida anualmente e 95% das exportações – é, também o principal factor apontado pelo FMI no relatório sobre a economia do país. A entrada no cartel dos países exportadores de petróleo – a OPEP – também limitará as receitas angolanas. "Angola passará a ter quotas para as suas exportações: tem uma capacidade de produção de 2,4 milhões de barris diários, mas a partir de 2009 só vai poder vender 1,9 milhões", aponta Agostinho Pereira de Miranda, advogado ligado ao sector petrolífero angolano.

"É, de facto, uma dependência monumental e perigosa. Se continuarmos adormecidos com o petróleo não vamos sustentar este crescimento por muitos mais anos", admitiu também Fernando Heitor, economista e antigo vice-ministro das Finanças de Angola, ao Diário Económico. "É necessário diversificar por áreas como a agricultura, o turismo e a indústria transformadora". E os sinais de diversificação existem. Em 2006, o sector não petrolífero, com destaque para a agricultura, cresceu 25,7%, segundo um relatório do BPI. Mas, por enquanto, o peso do ouro negro permanece esmagado. Outras ameaças ao desenvolvimento do país são o facto de Angola ainda importar 60% do que consome e uma classe média ainda pouco expressiva, factor que aumenta o risco social.

Ainda assim, em 2007, Angola confirmou-se como destino de grande potencial para as empresas portuguesas e um dos principais mercados para as nossas exportações. Angola é já o nosso sexto maior cliente, absorvendo 39% do total de exportações portuguesas